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[Análise] Metro Exodus: O Metro sem Metro


Vamos iniciar com o básico: Metro Exodus é o terceiro jogo da trilogia "Metro", que é um jogo de tiro em primeira pessoa, desenvolvido pela 4A Games e publicado pela Deep Silver. A franquia como um todo é baseado em uma série de livros de mesmo nome escrito por Dmitry Glukhovsky's. Este game é uma continuação direta do Metro Last Light e atualmente ele foi lançado para, Playstation 4, Xbox One e também conta com uma edição "exclusiva" de nova geração para o PC, Xbox Series (X e S) e Playstation 5.

Como eu não fiz e nem postei uma análise minha sobre os três jogos anteriores, eu irei comentar brevemente sobre eles durante o percorrer deste texto, mas ainda sem perder o foco do Metro Exodus, mas pode relaxar que não terá nenhum tipo de spoiler de nenhum dos jogos.

Como citei acima, cada jogo da série é baseado em um livro de mesmo nome, sendo o Metro 2033, 2034 (Last Light) e por último o 2035 (Exodus). Vou citar brevemente sobre os títulos anteriores:

Metro 2033


Durante o ano de 2013, a Rússia sofreu um ataque de mísseis nucleares deixando a superfície do país inteiro radioativo e inabitável para os humanos viverem, restando somente as criaturas modificadas pela radiação. Então, para a sobreviver, os humanos passaram a viver nas linhas de metro de Moscou, assim cada grupo de pessoas criaram seu clã e políticas diferentes, dividindo o país inteiro. O jogo se passa e explora inteiramente como é a vida nas linhas de metro, explorando cada grupo e consequentemente seus perigos para o próximo.

Metro Last Light


O ano é 2034 - nome do livro também - após as decisões do protagonista no ano anterior, ele estava incerto se agiu corretamente sobre o assunto. Mas durante a sua jornada, o herói descobriu um bunker da pré-guerra mal explorado chamado de D6, este local foi ocupado por sua própria facção de pacificadores cujo nome é Ranger, essa ocupação repercutiu nos outros grupos e assim se iniciava uma guerra na surdina em prol do bunker. Vendo isso acontecer, um mítico andarilho chamado de Khan comentou para os Ranger que existe uma forma de impedir a guerra, mas que estava fora das linhas do metro. Então decidido, o protagonista decide se aventurar no mundo afora para salvar seu lar. 

Metro Last Light aborda a temática da superfície de Moscou, enfatizando o mundo e os perigos em que ambas as áreas contém.

Então o que é Metro Exodus?

Metro Exodus é baseado no livro Metro 2035, e ele aborda um pouco do mundo aberto. Não é um mundo aberto dentro do metro, mas sim uma expedição na Rússia. Logo no início do jogo, o protagonista cisma que existe um mundo habitável, sem radiação, onde ele pode viver em paz com a sua esposa e companhia. Então ele vivia saindo em expedições com um rádio portátil mas no final sempre voltava desanimado pelo seu fracasso, e cansado por tanto tempo de exposição a radiação. Mas por ventura, ele descobre uma transmissão via rádio de um local próximo dali enquanto explorava, assim ele e sua esposa encontram um trem em funcionamento na superfície. Depois de alguns problemas eles são obrigados a roubar este mesmo trem e assim o herói e o seu grupo saem em busca de um lugar de paz e tranquilidade, sem guerras para serem lutadas e muito menos monstros perigosos. É deste modo que Metro Exodus se inicia, abraçando uma área bem ampla e pós apocalíptico em que se situa. 

Um ponto em que o Metro sempre conseguiu abordar bem é sua narrativa, sendo bem envolvente, cativante e imersiva, fazendo com que o jogador se sinta dentro do jogo. Algo que vale a se destacar, é que o protagonista é mudo. Bom, não completamente, porque ele conversa com a gente nas suas anotações, e também na tela de carregamento, só que isso pode acabar incomodando algumas pessoas, mas no geral, não afeta em nada na narrativa construída.

Sua gameplay é extremamente similar com os jogos anteriores, sendo um jogo de tiro em primeira pessoa, de sobrevivência e com elementos de terror, dando alguns sustos em momentos específicos. Um ponto que o jogo valoriza demais é o sorrateiro ou o stealth como é conhecido entre a comunidade de jogadores. Todos os jogos da franquia principalmente o Exodus, dá uma ênfase e ainda recompensa o jogador que costuma economizar munição, até mesmo derrotar os inimigos por trás. A escassez de itens é muito alta, e levando em conta que a série é pós apocalíptica faz total sentido para narrativa do universo Metro.

Diferentemente dos outros jogos, Metro Exodus não possui uma loja para você comprar equipamentos, agora é você que tem que encontrar e criar os seus. Conforme você elimina seus inimigos, e explora o jogo, acabará encontrando equipamentos e armas que foram largados ali por algum tipo de motivo. Então, caso você queira uma mira melhor para seu fuzil, você terá de encontrar alguma arma que possua esta tal mira para você desmontar e colocar na sua. Isso vale também para aprimoramentos dos equipamentos do personagem, tal como coletes, máscaras e braceletes. Fora que, agora você encontra menos filtros de ar e seringas de cura, sendo obrigado a gastar um número considerável de recursos para fabricar o que deixa o jogo bem difícil pois tudo é bem escasso, então saiba gerenciar bem o seus itens.


Como citado logo na introdução, o jogo consta com algumas versões específicas, sendo da antiga geração - PS4 e XONE - e a da nova - PS5, Xbox Series e PC - a única diferença real entre eles, é o Ray Tracing (sistema de iluminação que simula a luz da vida real). Seguinte: a versão que joguei este jogo é a do Series S. Essa versão possui uns gráficos bonitos no geral, mas seu real problema fica na questão de pop-in em um cenário em específico, o que acaba distraindo bastante, mas fica só por ali mesmo. Enfim, o Ray Tracing tá bem experimental ainda, tanto que o Metro Exodus é um dos poucos jogos que contém essa opção para os consoles, o que ainda é bem legal de se ver e imaginar sobre o futuro dos videogames e de seus gráficos ultra realistas.


O mundo aberto de Metro Exodus chega a ser bem parecido com o The Last Of Us Part 2, onde o jogo é linear só que com enormes ambientes para ser explorado. Você tem opção de fazer algumas secundárias, e também de avançar e se concentrar na história, o porém fica na locomoção que é bem lenta de início, mas depois fica um pouco mais rápido. Só fica esperto no horário em que você decide explorar, pois existem diferenças no que irá se encontrar e na gameplay no geral. 
Você tem duas opções, dia ou noite: Caso opte pelo dia, você vai encontrar menos mutantes e deixar seu caminho mais fácil, mas será encontrado com muita facilidade por adversários humanos; se for escolher a noite, você irá se deparar com vários mutantes poderosos, mas pelo menos ficará bem difícil de ser avistado por humanos. Vai de sua preferência, mas já vou avisando, os inimigos são bem inteligentes, então tenha muito cuidado na hora de se aventurar por aí.

Conclusão

Metro Exodus é um ótimo jogo que anda em uma linha um pouco diferente de seu antecessor ao flertar com o mundo aberto, consegue trazer mudanças interessantes que condizem com o universo do game, e ser igualmente cativante na gameplay e narrativa, tendo exatamente dois finais diferentes a serem feitos. 

Muito obrigado por ter lido até aqui. :D

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